domingo, 11 de outubro de 2009

GAB-III - COMO FOI o encontro do dia 06 de Outubro de 2009.

Na terça-feira passada, dia 06 de Outubro de 2009, foi realizado mais um encontro do GRUPO GAB, ou Grupo Afetivo Bipolar, em Vila Isabel.

O grupo é moderado pela neuropsiquiatra EVELYN VINOCUR, que atende crianças, adolescentes e adultos com transtornos de ordem emocional. Estiveram presentes cerca de vinte participantes, entre familiares e portadores, inclusive adolescentes.

*** POR VONTADE DO GRUPO, EM TODOS OS ENCONTROS DO GAB, FAREMOS, DAS 17 ÀS 18 HORAS, O GRUPO-DE-ESTUDOS GAB, ONDE ESTUDAREMOS AS TÉCNICAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS MAIS RECENTES PARA O MANEJO DO TRANSTORNO BIPOLAR.

*** SEGUIREMOS PREFERENCIALMENTE, O LIVRO QUE TAMBÉM FOI LANÇAMENTO DO SIMPÓSIO, QUE É VENCENDO O TRANSTORNO BIPOLAR.

**** A PARTIR DAS 15 HS, O AUDITÓRIO FICARÁ ABERTO PARA OS PARTICIPANTES QUE QUISEREM CHEGAR MAIS CEDO. VAI FICAR RESERVADO DAS 15 ÀS 17HS, PARA OS PARTICIPANTES, COMO UM ESPAÇO SOCIAL, UM GAB-POINT.

LEMBRANDO QUE O PRÓXIMO ENCONTRO GAB SERÁ NO DIA 10 DE NOVEMBRO, AS 17 HORAS, NO MESMO LOCAL.

QQ DÚVIDA = 21 2576-5198 // 21 9989-5798.

GAB-III - COMO FOI o encontro do dia 06 de Outubro de 2009.

Na terça-feira passada, dia 06 de Outubro de 2009, foi realizado mais um encontro do GRUPO GAB, ou Grupo Afetivo Bipolar, em Vila Isabel.

O grupo é moderado pela neuropsiquiatra EVELYN VINOCUR, que atende crianças, adolescentes e adultos com transtornos de ordem emocional.
Estiveram presentes cerca de vinte participantes, entre familiares e portadores, inclusive adolescentes.

*** POR VONTADE DO GRUPO, EM TODOS OS ENCONTROS DO GAB, FAREMOS, DAS 17 ÀS 18 HORAS, O GRUPO-DE-ESTUDOS GAB, ONDE ESTUDAREMOS AS TÉCNICAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS MAIS RECENTES PARA O MANEJO DO TRANSTORNO BIPOLAR.
*** SEGUIREMOS PREFERENCIALMENTE, O LIVRO QUE TAMBÉM FOI LANÇAMENTO DO SIMPÓSIO, QUE É VENCENDO O TRANSTORNO BIPOLAR.

**** A PARTIR DAS 15 HS, O AUDITÓRIO FICARÁ ABERTO PARA OS PARTICIPANTES QUE QUISEREM CHEGAR MAIS CEDO. VAI FICAR RESERVADO DAS 15 ÀS 17HS, PARA OS PARTICIPANTES, COMO UM ESPAÇO SOCIAL,
UM GAB-POINT.

LEMBRANDO QUE O PRÓXIMO ENCONTRO GAB SERÁ NO DIA 10 DE NOVEMBRO, AS 17 HORAS, NO MESMO LOCAL.

QQ DÚVIDA = 21 2576-5198 // 21 9989-5798.

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRANSTORNO BIPOLAR INFANTIL

A DRA EVELYN VINOCUR participou do II Simpósio sobre Trasnstorno Bipolar na infância e Adolescência, realizado nos dias 24, 25 e 26 de Setembro de 2009.
Psiquiatras importantes da infância estavam presentes, bem como o respeitável americano Prof. Bóris Bismaher, Psiquiatra infantil e pesquisador da Universidade de Pittsburg.
O evento foi coordenado pela Dra Lee Fu I, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de SP, que lançou seu segundo livro sobre o assunto.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

GAB-III próximo encontro = dia 06 de Outubro de 2009.


GAB - III


DIA - 06 DE OUTUBRO DE 2009
HORA - 17 HS
LOCAL: AV 28 DE SETEMBRO 389 - AUDITÓRIO - SÉTIMO ANDAR.
(PEDIMOS PARA CONFIRMAR O NOME DOS PRESENTES PARA O EMAIL:



evelnvn@hotmail.com)

O GAB - Grupo Afetivo Bipolar, é o nosso Grupo de apoio a pessoas com transtorno Bipolar e seu familiares e amigos. O GAB é aberto a crianças, adolescentes e adultos, recebendo também profissionais de diversas áreas que se interessam em conhecer e saber mais sobre o tema. Pelo fato do pouco conhecimento sobre o Transtorno Bipolar e pela importância positiva que o tratamento multidisciplinar exerce no seu tratamento, profissionais de outras áreas também são bem-vindos. No dia primeiro de Setembro realizamos o GAB-II, que contou com a presença de mais de trinta presentes. Ao final, fizemos um pequeno lanche. Vários depoimentos foram dados e questões colocadas para reflexão. Foi distribuído um texto para leitura e tres questionários para serem preenchidos. Aos que saíram antes da distribuição do texto, daremos no GAB-III.

No dia 06 de Outubro de 2009, teremos o GAB-III, as 17 horas, no auditório do sétimo andar da Av 28 de Setembro 389, perto da Escola de Samba Vila Isabel. A equipe do GAB espera por vocês. Até lá.

Evelyn Vinocur





domingo, 30 de agosto de 2009

Transtorno Afetivo Bipolar – II GRUPO GAB


PRÓXIMO ENCONTRO:

DIA 01 DE SETEMBRO DE 2009,

TERÇA-FEIRA,

17:00 HORAS.

PEDIMOS QUE CHEGUEM UM POUCO ANTES PARA PREENCHIMENTO DE FICHA DE COMPARECIMENTO.

TEL 21 2576-5198 OU 21 9989-5798.

O transtorno do humor bipolar – THB – pode ser uma condição potencialmente devastadora na vida de quem o possui e é a sexta causa mais comum de incapacidade entre adultos jovens. Embora seu mecanismo de ação ainda não seja totalmente compreendido, este é um momento de otimismo para o campo do Transtorno do Humor Bipolar e seus familiares. Afinal, a neurociência começa a entender mais sobre as causas genéticas e ambientais. Além disso, inúmeras opções de medicamentos de última geração e com novos mecanismos de ação apontam para tratamentos mais eficazes, mais duradouros e com muito poucos efeitos colaterais, além de serem medicamentos neuroprotetores.
Este também tem sido um momento de evidência no progresso de diversos tratamentos de ordem psicossocial para portadores de Transtorno do Humor Bipolar (PTHB), com eficácia terapêutica significativa e hoje sabidamente parte integrante do tratamento . É claro que o caminho ainda é árduo e longo, com muitos obstáculos a serem ainda transpostos, em particular na redução do tempo entre o início dos sintomas e o início do diagnóstico e tratamento, que em muitos casos pode levar até dez anos. Vale a pena ressaltar que o Brasil já desponta como um dos expoentes em pesquisa nessa área (Fávio Kapczinski e col, 2009). (Adaptado do texto de Michael Berck – President of The International Society for Bipolar Disorders, 2009).
Em função de todas as variáveis descritas acima e pelo entendimento da importância que o Transtorno do Humor Bipolar demanda, pela sua alta complexidade e urgencia de um diagnóstico e tratamentos acurados, a Dra Evelyn Vinocur, especialista em saúde mental da família, neuropsiquiatra e psicoterapeuta – de adultos e crianças – está iniciando mais um projeto em grupo, desta vez, é o PROJETO GAB – grupo de acolhimento e de estudo sobre o Transtorno do Humor Bipolar. O GAB é um grupo gratuito, aberto, que recebe portadores, familiares e profissionais das áreas de saúde mental e de outras áreas, que queiram aprender mais sobre o transtorno bipolar. O GAB recebe também crianças e adolescentes portadores e seus familiares.
O GAB é realizado mensalmente, na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, sob a coordenação da Dra Evelyn Vinocur. É gratuito, portanto sem fins lucrativos. Aos interessados, pedimos que escrevam para o email:
evelynvin@hotmail.com – para tirar dúvidas e colocar o nome das pessoas que irão ao encontro.
Até lá!
Abraços,
Evelyn Vinocur

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dra Evelyn Vinocur & Prof Joseph Sergeant, IV Congresso ABDA


DRA EVELYN VINOCUR COM O PROF JOSEPH SERGEANT, DA CLINICAL NEUROPSYCHOLOGY, VRIJE UNIVERSITEIT, AMSTERDAM, HOLLAND
IV Congresso Internacional da ABDA, no Rio de JAneiro, dias 31 de Julho e 1* de Agosto de 2009, sobre o TDAH / DDA, ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hipertividade ou Distúrbio de Deficit de Atenção.

sábado, 27 de junho de 2009


A neuropsiquiatra Dra Evelyn Vinocur apresentou dois posteres no XX Congresso da Abenepi, junho 2009, Campinas.
Grupo de apoio a pais e portadores de TDAH com incentivo à leitura dia 29 de junho 2009, segunda feira próxima!!!
dia: 29 de junho de 2009 - segunda feira próxima.
local: Av 28 de Setembro 389 - sétimo andar - auditório - Vila Isabel - Rio de Janeiro - RJ
HORÁRIO: 20 hs
tel: 021 2576-5198 ou 021 7811-1694
O grupo de apoio a pais e portadores do TDAH será realizado na segunda-feira, dia 29 de junho de 2009, na próxima segunda -feira, as 20 HORAS.
Os nossos grupos tem sido um verdadeiro sucesso!
Portadores e familiares do Rio de Janeiro e de outras cidades do Estado do Rio comparecem ao grupo e a troca entre essas famílias enriquece muito o grupo.
Cada participante coloca as suas questões para o grupo que troca vivências, experiências, dúvidas e angústicas que vem sofrendo.A neuropsiquiatra Dra Evelyn Vinocur e a Psicóloga Rita Tavares, ambas especialistas em Saúde Mental da Infância e Adolescência e Psicoeducação para criancas, jovens e adultos, realizam dinâmicas com o grupo, com o objetivo de avaliar funções de extrema importância no TDAH como atenção seletiva, atenção sustentada, perseveração, distratibilidade, inibição de impulsos inadequados, controle da impulsividade, habilidade social, resolução de problemas e outros.É servido um lanche e ao final, sorteamos o livro NO MUNDO DA LUA, do Prof. Paulo Mattos.
Contamos com a presença de todos vocês para os próximos encontros.Estamos promovendo, junto aos participantes, a realização de exercícios específicos em treinamento de habilidades sociais e resolução de problemas, uma vez que desenvolver as funções executivas nos portadores e mesmo nos familiares é de suma importância.
Tragam seus familiares e amigos!!
VAMOS DIVULGAR O GRUPO PARA QUE MAIS PESSOAS POSSAM ENTENDER MELHOR O QUE É O TDAH E SUAS CONSEQUENCIAS.
Um abraço a todos, e até segunda-feira, dia 29/06!
Evelyn Vinocur

domingo, 24 de maio de 2009

Distúrbio respiratório no TDAH é comum e pode passar despercebido.

Criança com TDAH respira mal quando dorme.
O TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é caracterizado por uma gama de problemas relacionados à falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Esses problemas são causados por alterações no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais que funcionam mais lentamente, causando dificuldades à criança em sua vida diária. O TDAH é um distúrbio biopsicossocial, ou seja, é fortemente influenciado por fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais, que contribuem para a intensidade dos problemas experimentados. Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 10% da população ao longo da vida. O diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente os conflitos sociais, familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas crianças e seus familiares. Estudos mostram que através de um diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas como repetência escolar, abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou até mesmo evitado.
Sabemos que a presença outras patologias são a regra no curso do TDAH e não a exceção. Por isso devemos ficar atentos à problemas auditivos, visuais, transtornos de aprendizagem, distúrbios da coordenação motora, transtornos psiquiátricos diversos entre outros. Problemas dos sono estão presentes em percentual razoável nessas crianças, sendo comum a sonolência excessiva durante a tarde. Por isso, é fundamental a investigação sobre dos distúrbios obstrutivos respiratórios do sono em crianças com TDAH, uma vez que o problema dificulta as crianças de prestarem atenção e aprenderem o conteúdo das disciplinas escolares como os outros alunos. Alem disso, elas ficam agitadas ou às vezes apáticas, por conta do problema respiratório.O uso da telerradiografia em norma lateral como auxiliar no diagnóstico dos Distúrbios Obstrutivos Respiratórios do Sono em Crianças com TDAH foi desenvolvido pela Unicamp – SP e realizado em crianças com distúrbios de aprendizagem. Quando respiramos com dificuldade, a respiração alterada leva ao que chamamos de dessaturação, ou seja, prejuízo da oxigenação em áreas do cérebro como a área pré-frontal, que é a área mais comprometida no TDAH, agravando ainda mais o quadro.
Como a criança não dorme bem, pode prejudicar a atenção, a conduta e o aprendizado. Por isso é importante a família e os professores terem informações sobre esse assunto e ficarem atentos aos alunos.
Especialistas em TDAH precisam fazer uma triagem da parte respiratória em toda criança diagnosticada como tal. Se elas apresentam o problema, é importante diagnosticar se elas têm também os Distúrbios Obstrutivos Respiratórios do Sono, ou os dois. Avaliação odontológica é fundamental também, pois a criança pode ter atresia dos maxilares, o que acaba fragmentando a passagem do ar pelas vias aéreas e diminuindo o espaço de passagem do ar. Temos sempre que perguntar se a criança dorme bem, se ela ronca e se respira pelo nariz. Crianças que dormem de barriga para cima ficam com a ponta da língua baixa e não no céu da boca e podem ficar com a via aérea muito reduzida, até mesmo fechar em direção da garganta. a adenóide, as amígdalas e os maxilares. Importante também a avaliação da úvula, amígdalas e adenóides, além de desvio de septo.
Não é normal a criança roncar, falar à noite, ter refluxo gastroesofágico, ranger os dentes (bruxismo), transpiração da cabeça e do tórax (excessiva), enurese noturna (fazer xixi na cama até 7 ou 8 anos) e movimento das pernas inquietas durante o sono, ou agitar as pernas e mãos durante o dia. Também podem apresentar problemas como a rinite alérgica crônica e amigdalites que atrapalham muito a respiração. Como a criança não consegue respirar de forma eficiente, ela tem um sono agitado e essa reação que ela apresenta é o corpo se movimentando devido a dificuldade da respiração. A criança pode ainda ter pesadelos e acordar gritando. A identificação desses distúrbios do sono pode ser percebida logo ao nascer pelos pais, melhor verificada pelos pediatras. Os pais muitas vezes percebem as agitações do sono, mas não as relacionam com fatores que podem aumentar a hiperatividade, prejudicar a atenção e o aprendizado nas crianças com TDAH. Também devem ser investigados os fatores como congestionamento nasal, apinhamento dental, palato ogival, lábios entreabertos, inflamação clínica das tonsilas palatinas, úvula (campainha) alongada e mau hálito.
O TDAH, para ser adequadamente tratado necessita, como vemos, de uma avaliação clínica detalhada por profissional capacitado neste tipo de atendimento.

sábado, 23 de maio de 2009

UMA REVOLUÇÃO NA MEDICINA: A MEDICINA PERSONALIZADA

Exame genético determina dose de Medicamento para cada paciente.
Instituto da USP desenvolve 1.º teste do tipo no País; medida reduz efeito adverso e melhora eficácia do tratamento
O novo exame poderá aumentar a eficácia e reduzir os efeitos colaterais de tratamentos com psicofármacos, analgésicos, remédios para cardiopatias, câncer, epilepsia e outras doenças. O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP)desenvolveu um exame genético que ajuda a determinar a dose certa de medicamento para cada paciente. A velocidade com que o organismo processa ou elimina uma droga varia de pessoa para pessoa. A diferença explica porque a mesma quantidade de remédio causa efeitos adversos em alguns indivíduos e pode ser ineficaz para outros. O novo teste mostra a resposta do organismo de cada paciente a uma variedade de medicamentos – psicofármacos, analgésicos, remédios contra cardiopatias, câncer – e viabiliza oajuste personalizado da prescrição. O exame avalia os genes responsáveis pela produção de duas enzimas do fígado: a CYP2D6 e a CYP2C19. Elas atuam no metabolismo de 75%dos medicamentos. Tais genes não são iguais em todas as pessoas. Apresentam formas diferentes, conhecidas como alelos. Os pesquisadores do IPq identificam quais alelosestão presentes no genoma de cada paciente.Há uma associação direta entre o alelo encontrado e a resposta ao remédio.“A pesquisa começou com uma paciente que não melhorava com nada”, recorda Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e diretor do Laboratório de Neurociências, responsável pelo exame. Aos 10 anos, Talita (nome fictício) apresentou um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Durante sete anos, passou por sete consultórios diferentes e experimentou vários remédios. Nenhum funcionou. A família cogitou viajar aos Estados Unidos em busca de um tratamento eficaz. Dr. Gattaz sabia da existência de um exame para medir a ação das duas enzimas nos Estados Unidos, mas enviar o material seria sempre uma alternativa cara e demorada. Resolveu desenvolver teste semelhante no Laboratório de Neurociências que dirige. A coordenadora de genética do laboratório, Elida Benquique Ojopi, conduziu as pesquisas. Quando o exame ficou pronto, foi aplicado em Talita. Descobriu que ela é “metabolizadora ultrarrápida”: seu organismo elimina o remédio antes de ele exercer o efeito terapêutico. Hoje Talita toma uma dose 6 vezesmaior do que a usual sem ter efeito colateral. Há três anos não apresenta sinal da doença.“Minha filha está na faculdade, tem vida normal e muitos amigos”, conta a mãe de Talita. “Eu nunca prescreveria uma dose seis vezes maior sem o novo exame”, diz Gattaz.“Seria muito arriscado.” O metabolismo de vários antidepressivos, por exemplo, depende das duas enzimas. Estima-se que a dosagem em 25% das prescrições receberia ajustesdepois do exame genético. NO BRASIL Elida conta que médicos têm encaminhado pacientes para realizar o exame no instituto. Cerca de 250 pessoas utilizaram o serviço. Até agora, a ocorrência de alelos que não demandam correção na dosagem foi igual para os dois genes: cerca de 62% dos pacientes analisados. “Exames como esse representam o início de uma nova fase no tratamento das pessoas – a medicina personalizada”, afirma odiretor do Laboratório de Neurociências. Ele considera provável que,em um futuro próximo,as informações obtidas no teste sobre as duas enzimas farão parte do registro clínico de qualquer paciente, como hoje ocorre com outras informações como o tipo de sangue.Nos Estados Unidos, três empresas realizam o exame, que custa, em média, R$ 1.900. OIPq cobra cerca de R$ 500 pelo teste, que não recebe cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro é reinvestido em pesquisas do instituto”, aponta Gattaz.

domingo, 22 de março de 2009

AUTO RELATO DE UMA PROFESSORA


COMO FICA O NOSSO SISTEMA EDUCACIONAL?

O QUE VOCÊ FARIA?


"Dr(a) Evelyn, infelizmente hoje meu aluno TDAH foi pego com intorpecentes dentro da escola, depois descobri que ele fez uso no ambiente interno da escola e que já teve 3 passagens pela DCA e em uma delas foi por latrocínio.A conduta da escola foi expulsão do aluno...Me senti incapaz de ajuda - ló , foi horrível...A polícia, ali, revistando ele ; e ele é claro até tentou fugir da polícia, pois estava com o tênis cheio de drogas.Estou me sentindo muito triste, queria ter feito a diferença na vida deste aluno e não consegui...Sei que agora ele ficará por aí nas ruas, com os "amigos" onde ele se sente aceito e querido e longe da escola. E me pergunto: o que o sistema educacional faz por alunos assim? Nada... ?"
Atenciosamente

domingo, 1 de março de 2009

Transtorno Bipolar continua com a idade


A pesquisadora e psiquiatra americana Barbara Geller apresentou seu primeiro estudo longitudinal de follow-up, com uma amostra de jovens diagnosticados com Disordem Bipolar na vida adulta. No início da pesquisa, a idade média foi de 11 anos, foram investigados 115 pacientes por 8 anos. Na época, 54 deles estavam com mais de 18 anos, sugerindo continuidade com sintomas observados previamente. Morbidade, em termos de número de semanas com doença foi extremamente alta e 35,2% faziam abuso de substância psicoativa. Do mesmo modo que as crianças nesse importante estudo amadureceram ao longo da última década, as pesquisas em Disordem Bipolar na criança também aumentaram. De 1986 a 1986, 15 artigos foram publicados sobre Transtorno Bipolar do Humor infantil. De 1997 a 2007, o número subiu para 294. Esse “boom” contribui para aumentar a conscientização de que a doença mental séria não “re-surge” novamente quando os indivíduos chegam na idade adulta, e sim reflete processo precoce do desenvolvimento. Essa noção traz profundas implicações para pesquisas futuras, enfatizando a necessidade de mais pesquisas longitudinais como a de Geller, pesquisas fisiopatológicas em crianças, estudos comparando adultos e adolescentes com Transtorno do Humor Bipolar e estudos em jovens de família de risco para Disordem Bipolar.
Em relação a Disordem Bipolar, o que aprendemos desde 1986?
Usando-se técnicas de entrevistas parecidas com as usadas em adultos, vemos que crianças que preenchem critérios para Disordem Bipolar podem ser claramente identificadas. Um consenso diz que casos inequívocos de Transtorno Bipolar ocorrem tanto em pré-adolescentes como em adolescentes. Entretanto, enquanto há concordância de que casos clássicos ocorrem, questões ainda pairam sobre as fronteiras dos fenótipos. Alguns pesquisadores sugerem que uma síndrome com irritabilidade severa e sintomas de TDAH, sem episódios maníacos claros, é uma forma de apresentação desenvolvimental do Disordem Bipolar. Pesquisas mostram que Disordem Bipolar em crianças, como em adultos, tipicamente preencherão critérios para um alto numero de outras condições que estão no DSM-IV-IV. Existe um consenso de que casos inequívocos de Disordem Bipolar ocorrem em crianças e em adolescentes. Entretanto, enquanto existe uma concordância da ocorrência de casos clássicos em crianças e adolescentes, questões permanecem quanto as fronteiras dos fenótipos, o que afeta a prevalência conhecida. Por exemplo, foi sugerido que a síndrome que compreender irritação severa e sintomas TDAH-like, mesmo sem episódios maníacos distintos, é uma apresentação desenvolvimental do Disordem Bipolar. É sabido também que crianças com Disordem Bipolar preenchem, tipicamente, critérios para vários outros diagnósticos da DSM-IV. Resta saber, se esses achados refletem comorbidade verdadeira, referências induzidas, limitações do nosso atual sistema diagnóstico ou patologia compartilhada. Crianças diagnosticadas como tendo Disordem Bipolar são típica e severamente comprometidas, com recaídas freqüentes e períodos mínimos de remissão, reforçando a grande necessidade de que mais estudos rigorosos sobre tratamento e intervenções sejam feitos.
Há uma particular necessidade para estudos randomizados, placebo-controlados porque dados preliminares dessas pesquisas sugerem que medicamentos freqüentemente usados para tratar Disordem Bipolar em criança mostram padrões inconsistentes de benefícios quando comparados ao placebo. Como na depressão infantil, não se pode afirmar que as drogas sejam efetivas como são no tratamento do Disordem Bipolar em adultos. Além do mais, esses medicamentos correm o risco de levarem a sérios efeitos colaterais, sem que se possa prever ainda os efeitos a longo prazo, em crianças. Intervenções cognitivas, comportamentais e educacionais, incluindo as que se mostram promissoras no adulto com Disordem Bipolar, também deveria ser objeto de pesquisas controladas e randomizadas em crianças. O que nos trará a próxima década em termos de pesquisa de Disordem Bipolar infantil? Sem resposta ainda, pesquisas futuras repousarão nos ombros dos estudos fenomenológicos pré-existentes. Esperamos por marcadores biológicos. Só assim seremos capazes de diferenciar Disordem Bipolar pediátrica de outras síndromes infantis caracterizadas por alterações de humor e comportamentos disruptivos, o que vai facilitar o desenvolvimento de tratamentos mais específicos do que os que temos hoje. A estrutura que serve de base para a pesquisa dessa nova era vem dos estudos da neurociência, neuroimagem e de insights no campo da genética de doenças complexas.Em genética, achados em diversas áreas da medicina sugerem que o aparecimento precoce da doença esteja associado à carga genética pesada, daí os estudos em Disordem Bipolar em criança serem particularmente informativos. Tais pesquisas são necessárias e precisam avançar com o objetivo de maior compreensão do Disordem Bipolar como um transtorno do desenvolvimento. Crianças de risco para Disordem Bipolar representam uma importante prioridade de Saúde Pública e uma relativamente única oportunidade tanto de observar o desenvolvimento de uma doença psiquiátrica altamente hereditária bem como identificar fatores promotores de resiliência.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

TERAPIA DE GRUPO GRATUITA PARA ADULTOS COM TDAH E OU TRANSTORNO BIPOLAR


Apesar de serem condições cientificamente validadas no mundo inteiro, o TDAH ou transtorno de deficit de atenção e hiperatividade ainda é muito pouco conhecido e consequentemente, pouco diagnosticado e adequadamente tratado. Adultos com TDAH em sua forma pura tem os sintomas de desatenção e impulsividade melhorados com o metilfenidato (Ritalina, Ritalina LA e o Concerta). O problema é que em cerca de 70% dos casos, o TDAH apresenta comorbidades, ou seja, outros transtornos psiquiátricos que aparecem junto com o TDAH e agravam o problema e dificultam o tratamento. De igual modo, as famílias precisam ser tratadas também, pois elas geralmente não entendem e não aceitam o transtorno como uma doença a ser tratada e muitos familiares insistem em achar que é molecagem, que já virou vício, que é pirraça, falta de vontade, preguiça ou porque o portador só quer mesmo é uma mansa e "viver na sombra e água fresca"...O número de desavenças conjugais auemnta muito, muitos pais saem de casa, passam a morar em outro bairro ou cidade próxima ou alguns somem de vez... por não aguentarem uma carga tão grande de conflitos e culpas. A família muito frequentemente se desestrutura, os conjuges culpam o outro conjuge, que revida em contra-partida... Quando as crianças vao ficando adolescentes e adultos jovens, o estrago na vida daquela familia pode ser total. A comparação é inevitável, e a autoestima daquele jovem fica realmente destroçada. Muitos pais acabam por optar que o filho more sozinho, tamanho o sofrimento que reina na família. No caso do transtorno bipolar, doença grave, séria e que pode cursar com fases depressivas e de euforia, o caso é mais sério ainda. E o TDAH e o Transtorno Bipolar podem cursar ao mesmo tempo, inclusive como comorbidade. Sob alguns pontos, os dois problemas se parecem muito. Na tentativa de ajudar portadores e familiares desses dois transtornos, uma psicoterapia de grupo para homens, adultos, com tdah ou transtorno bipolar, de 19 a 40 anos, foi aberto em vila isabel, no Rio deJaneiro. É coordenado pela Dra Evelyn Vinocur e a psicóloga Rita Tavares e é realizado semanalmente. Em paralelo, as famílias desses pacientes são acompanhadas pelas profissionais. O trabalho em grupo traz benefícios impressionantes, um "up-grade" ao tratamento, tanto como a terapia com os familiares se torna imprescindível. É como se o psiquiatra, o paciente e a família estivessem todos em um barco e todos tivessem que remar. Se a força de cada um não ficar em sintonia com a dos demais, o barco nao vai navegar satisfatoriamente, pode até ficar andando em círculos. Por isso, a Dra Evelyn Vinocur está bastante esperançosa com os resultados desse primeiro grupo. Ela espera que o retorno seja bem gratificante. É importante ressaltar que o grupo precisa ser homogeneo e que o perfil de cada participante seja parecido com os dos outros, para que o trabalho renda melhor. A terapia é a cognitivo comportamental e vamos procurar focar nos problemas que mais ocorrem nesses transtornos. Alguns pontos a serem trabalhados serão o Treino de Habilidades Sociais, Resolução de problemas, Leitura com foco mais prolongado, Assertividade, Auto-Motivação, Resiliência, planejamento de metas e como manejar melhor o tempo. O atual grupo é fechado e tem 5 participantes. Duração em torno de 4 meses.

Mais detalhes? podem postar nos comentários, que eu explico mais detalhes e os critérios de seleção para novos grupos.

XX CONGRESSO DA ABENEPI SOBRE INFANCIA E ADOLESCENCIA


10 a 13 de junho de 2009 - Campinas - SP


Em Junho deste ano a ABENEPI realizará seu XX Congresso Nacional. Por isso deixamos disponível abaixo os links do website da ABENEPI e também do website especial preparado para o Congresso. Caso não escolha nenhum dos links, em alguns segundos você será redicecionado automaticamente para o website do Congresso.Agradecemos sua visita.Participe de nossos eventos.História da Associação, notícias, novos associados, cadastros de profiissionais,links, boletim informativo, endereço das sedes e contatos.Tudo sobre os preparativos para o XX Congresso Nacional da ABENEPI. Ficha de Inscrição. Envio de trabalhos e informações sobre os temários e sobre os palestrantres.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Como lidar com a bipolaridade em criança?


No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva, uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de fases de depressão e de hiperexcitabilidade. Nesta fase, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes como sair comprando compulsivamente tudo o que vê pela frente. Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela, está o hipocampo que é de vital importância para a memória. A proximidade dessas duas áreas explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas, como o dia do casamento, do nascimento dos filhos ou do lugar onde estávamos quando o Brasil ganhou o campeonato mundial de futebol.Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro.

(Entrevista com Prof Valentim Gentil, do site do Dr Dráuzio Varella)

Transtorno Bipolar na Infância


Mais crianças são tratadas para Transtorno Bipolar do Humor

Por Benedict Carey

Publicado em 03 de Setembro de 2007

Na revista: The New York Times

Até onde o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes pode ou não refletir a realidade dos fatos? O artigo traz à luz, pontos importantes e polêmicos sobre a questão.

Pesquisas mostram como aumentou o número de atendimentos a crianças e adolescentes americanos por serem portadores de Desordens Bipolares num período de dez anos, ou seja, de 1994 a 2003. Na verdade, a Psiquiatria está passando por várias reformulações e grandes avanços, principalmente no caso específico da Psiquiatria infantil, onde os estudos e trabalhos de campo e de pesquisa têm sido ainda maiores, com o advento das neurociências e estudos em neuroimagem e genética molecular. Mas o fato é que a polêmica em torno do aumento dos diagnósticos em Psiquiatria tem trazido calorosos debates. Hipóteses as mais variadas têm sido levantadas, como a de que médicos estariam fazendo diagnósticos e tratamentos de modo mais agressivo ou porque o número de novos casos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças está aumentando. Ou ainda por conta de um possível superdiagnóstico, ou seja, toda criança atendida que fosse agressiva ou explosiva, já sairia da consulta diagnosticada e tratada como bipolar o que levaria ao surgimento de outras polêmicas, uma vez que o custo de um tratamento para Transtorno do Humor Bipolar pode ser de três a cinco vezes mais caro do que o de outras doenças, como Ansiedade ou Depressão. Ainda mais que tais tratamentos, além de poderem não corresponder aos benefícios esperados, podem gerar efeitos colaterais adversos sérios como o ganho de peso. Motivo real não sabemos, mas verdade é que a magnitude da situação tem dado vez a calorosos debates em torno da questão. Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos. Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos. Pensando sob outro ângulo, alguns Psiquiatras dizem que o Transtorno Bipolar é um problema muito freqüentemente não diagnosticado em crianças e que tal fato merece reflexão e estudo, na medida em que os médicos, conhecendo mais o transtorno, estariam beneficiando aquelas crianças e adolescentes portadoras do transtorno. Dr. John March, chefe de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade de Duke, acha que a situação reflete uma imaturidade nessa área dos transtornos bipolares em crianças. Segundo ele, ainda não há meios de se fazer um diagnóstico com acurácia em crianças pequenas, do ponto de vista do desenvolvimento. Diz também que a maioria das pesquisas mostra que crianças qualificadas para o diagnóstico não apresentariam os sintomas clássicos do transtorno como o estado de mania, ao contrário, tornar-se-iam crianças deprimidas. Dr. Mani Pavuluri, diretor do programa de transtornos do humor da Universidade de Illinois, Chicago, fala que o “rótulo” do Transtorno do Humor Bipolar geralmente é melhor do que qualquer outro diagnóstico que normalmente é feito, para crianças difíceis, ou seja, para aquelas que apresentam ódio, raiva extrema e incontinência afetiva e do humor, emoções insuportáveis para essas crianças, e que era bom que finalmente esses sintomas estavam sendo reconhecidos como parte de uma doença única. Pesquisadores de Nova York, Maryland e Madri analisaram dados de pesquisa do Centro Nacional para estudos epidemiológicos em Saúde com foco em médicos particulares e estimaram um aumento do diagnóstico de Transtorno Bipolar do Humor da ordem de 780 mil, no mesmo período de 1994 a 2003. Dr. Mark Olfson, pesquisador em Saúde Mental da Universidade de Columbia há anos e chefe da atual pesquisa, revelou que foi o aumento mais surpreendente em pesquisa, em período curto de tempo. Ele diz que tal resultado fez o Transtorno do Humor Bipolar mais comum entre crianças do que a depressão. O estudo achou que psiquiatras fizeram quase 90% dos diagnósticos e que 2/3 das crianças eram meninos. Cerca de metade dos pacientes apresentava outras dificuldades mentais, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O tratamento quase sempre incluía medicamentos. Metade deles receberam drogas como a risperidona ou a quetiapina, ambos aprovados para o tratamento da esquizofrenia. E que 1/3 recebeu o estabilizador de humor chamado Depakote. E que psicoestimulantes e antidepressivos também eram usados. A maioria das crianças recebiam combinação de duas ou mais drogas e que cerca de quatro em dez crianças recebiam psicoterapia. O estudo achou que a metodologia usou recursos similares ao do tratamento do Transtorno Bipolar do Humor em adultos.
Especialistas disseram que o aumento dos diagnósticos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes reflete vários fatores. Estudos recentes sugerem que sintomas bipolares de fato aparecem mais precocemente na vida de adolescentes e crianças pequenas que desenvolvem os sintomas plenos da doença em idades mais tardias. E que o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência dão aos psiquiatras e aos familiares desesperados um tratamento para as chamadas “tempestades afetivas”, verdadeiras “crises de fúria”. Os psiquiatras têm sido encorajados a pensar e pesquisar o Transtorno do Humor Bipolar e várias drogas já estão aprovadas no tratamento em adultos. A risperidona foi aprovada pelo FDA para o tratamento do Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência em agosto de 2007. Não só o Transtorno do Humor Bipolar, mas também o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e outros transtornos geram controvérsias, com admiradores e opositores. É o caso da Dra. Gabrielle Carlson, da Universidade Stony Brook em Long Island. Ela diz que todos estão “inundados” com divulgações maciças de Laboratórios de remédios dizendo que os médicos não estão diagnosticando o Transtorno Bipolar do Humor e outras coisas. Alguns pais de crianças diagnosticadas como portadoras de Transtorno do Humor Bipolar dizem que o “rótulo” levou a tratamentos efetivos, com o tempo. “Foi uma benção para nós” pois meu filho de 15 anos tendia a explosões de raiva até tomar lítio e risperidona por muito tempo. Agora ele toma só o lítio e é um ótimo estudante. Evidentemente, outras declarações não foram tão otimistas assim. Fato é que ainda temos muito caminho pela frente no que tange ao total entendimento de um transtorno tão grave e tão sério quanto o Transtorno Bipolar do Humor, tanto em crianças, adolescentes e adultos.

Transtorno Bipolar - aumento do número de casos diagnosticados

Transtorno Bipolar - aumenta o número de casos diagnosticados

The New York Times

por Benedict Carey

The number of American children and adolescents treated for bipolar disorder increased 40-fold from 1994 to 2003, researchers are to report on Tuesday, in the most comprehensive study to look at the controversial diagnosis. And experts say the numbers have almost certainly risen further in the years since.
Most experts believe the jump reflects the fact that doctors are more aggressively applying the diagnosis to children, not that the number of new cases has gone up. But the magnitude of the increase is surprising to many experts, who say it is likely to intensify a debate over the validity of the diagnosis that has shaken the field of child psychiatry in recent years.
Bipolar disorder is characterized by extreme mood swings and, until relatively recently, it was thought to emerge only in adulthood. Some psychiatrists say that the disorder is too often missed in children, and that increased awareness — reflected in the increasing use of the diagnosis — is now allowing youngsters who suffer from it to get the treatment they need. But others argue that bipolar disorder is overdiagnosed. The term, they say, has become a diagnosis du jour, a catch-all now applied to almost any explosive, aggressive child. Once children are labeled, these experts add, they are treated with powerful psychiatric drugs that have few proven benefits in children and potentially serious side-effects, like rapid weight gain.
The spread of the diagnosis has been a boon to drug makers, according to these experts, because treatment typically includes medications that can be three to five times more expensive than those prescribed for other disorders, like depression or anxiety.
“I think the increase shows that the field is maturing when it comes to recognizing pediatric bipolar disorder, but the tremendous controversy reflects the fact that we haven’t matured enough,” said Dr. John March, chief of child and adolescent psychiatry at Duke University’s school of medicine, who was not involved in the research.
“From a developmental point of view, we simply don’t know how accurately we can diagnose bipolar disorder, or whether those diagnosed at age 5 or 6 or 7 will grow up to be adults with the illness,” he said. “The label may or may not reflect reality.”
Most children who qualify for the diagnosis do not go on to develop the classic features of adult bipolar disorder, like mania, researchers have found. They are far more likely to become depressed.
But Dr. Mani Pavuluri, director of the pediatric mood disorders program at the University of Illinois, Chicago, said that label is often better than any of the other diagnoses that difficult children often receive. “These are kids that have rage, anger, bubbling emotions that are just intolerable for them, and it is good that this is finally being recognized as part of a single disorder,” to better tailor treatment, she said.
In the study, researchers from New York, Maryland and Madrid analyzed data from a National Center for Health Statistics survey of office visits, which focused on doctors in private or group practices. The researchers calculated the number of visits in which doctors recorded a diagnosis of bipolar disorder, and found that the numbers went up from roughly 20,000 such diagnoses in 1994 to about 800,000 in 2003
“I have been studying trends in mental health services for some time, and this finding really stands out as one of the most striking increases in this short a time,” said Dr. Mark Olfson of the New York State Psychiatric Institute at Columbia University, the senior author of the study, which appears in the September issue of Archives of General Psychiatry, which is to be published Tuesday.
The increase makes bipolar disorder more common among children than clincial depression, the authors said. The study found that psychiatrists made almost 90 percent of the diagnoses, and that two-thirds of the young patients were boys. About half the patients also had been identified as having other mental difficulties, most often attention-deficit disorder.
The treatment given the children almost always included medication. About half received antipsychotic drugs, like Risperdal from Janssen or Seroquel from Astrazeneca, both developed to treat schizophrenia; a third were prescribed so-called mood stabilizers, most often the epilepsy drug Depakote; and antidepressants and stimulants were also common. Most children were on some combination of two or more drugs, and about four in 10 received some psychotherapy.
Their regimens were very similar to those of a group of adults with bipolar diagnoses, the study found. “You get the sense looking at the data that doctors are generalizing from the adult literature and applying the same principles to children,” Dr. Olfson said.
The rise in bipolar diagnoses in children reflects several factors, experts say. Bipolar symptoms do appear earlier in life than previously thought, in teenagers and young children who later develop the full-blown disorder, recent studies suggest. The label also gives doctors and desperate parents a quick way to try to manage children’s rages and outbursts, in an era when long-term psychotherapy and hospital care are less accessible, they say.
In addition, in recent years drug makers and company-sponsored psychiatrists have been encouraging doctors look for the disorder, ever since several drugs were approved to treat the disorder in adults. Last month the Food and Drug Administration approved one of these medications, Risperdal, to treat bipolar in children — which many experts say they expect will escalate the use of Risperdal and similar drugs in young people.
“We are just inundated with stuff from drug companies, publications, throwaways, that tell us six ways from Sunday that, ‘Omigod, we’re missing bipolar,’ ” said Dr. Gabrielle Carlson, a professor of psychiatry and pediatrics at Stony Brook University School of Medicine on Long Island. “And if you’re a parent with a difficult child, you go online, and there’s a Web site for bipolar, and you think, ‘Thank God I’ve found a diagnosis. I’ve found a home.’ ”
Some parents whose children have received the diagnosis say that, with time, the label led to effective treatment. "It’s been a godsend for us," said Kelly Simons, of Montrose, Colo., whose son Brit, 15, was prone to angry outbursts until given a combination of lithium, a mood-stabilizer and Risperdal several years ago. He is now on lithium alone and he is an honor-roll student.
Others say their children have suffered from side effects of drugs given for bipolar disorder, without getting much benefit.
Ashley Ocampo, 40, of Tallahassee, Fla., the mother of an 8-year-old boy, Nicholas Ryan, who is being treated for bipolar disorder, said that he had tried several antipsychotic drugs and mood stabilizers, and that he had been better lately.
But, she said in an interview, “He has gained weight, to the point where we were struggling find clothes for him; he’s had tremors, and still has some fine motor problems that he’s getting therapy for.”
She added, “But he’s a fabulous kid, and I think, I hope, that we’re close to finding the right combination of medications to help him.”

(minha tradução):
Mais crianças são tratadas para Transtorno Bipolar do Humor
Por Benedict Carey
Publicado em 03 de Setembro de 2007
Na revista:
The New York Times
Até onde o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes pode ou não refletir a realidade dos fatos? O artigo traz à luz, pontos importantes e polêmicos sobre a questão.
Pesquisas mostram como aumentou o número de atendimentos a crianças e adolescentes americanos por serem portadores de Desordens Bipolares num período de dez anos, ou seja, de 1994 a 2003. Na verdade, a Psiquiatria está passando por várias reformulações e grandes avanços, principalmente no caso específico da Psiquiatria infantil, onde os estudos e trabalhos de campo e de pesquisa têm sido ainda maiores, com o advento das neurociências e estudos em neuroimagem e genética molecular. Mas o fato é que a polêmica em torno do aumento dos diagnósticos em Psiquiatria tem trazido calorosos debates.
Hipóteses as mais variadas têm sido levantadas, como a de que médicos estariam fazendo diagnósticos e tratamentos de modo mais agressivo ou porque o número de novos casos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças está aumentando. Ou ainda por conta de um possível superdiagnóstico, ou seja, toda criança atendida que fosse agressiva ou explosiva, já sairia da consulta diagnosticada e tratada como bipolar o que levaria ao surgimento de outras polêmicas, uma vez que o custo de um tratamento para Transtorno do Humor Bipolar pode ser de três a cinco vezes mais caro do que o de outras doenças, como Ansiedade ou Depressão. Ainda mais que tais tratamentos, além de poderem não corresponder aos benefícios esperados, podem gerar efeitos colaterais adversos sérios como o ganho de peso. Motivo real não sabemos, mas verdade é que a magnitude da situação tem dado vez a calorosos debates em torno da questão.
Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos.
Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos.
Pensando sob outro ângulo, alguns Psiquiatras dizem que o Transtorno Bipolar é um problema muito freqüentemente não diagnosticado em crianças e que tal fato merece reflexão e estudo, na medida em que os médicos, conhecendo mais o transtorno, estariam beneficiando aquelas crianças e adolescentes portadoras do transtorno.
Dr. John March, chefe de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade de Duke, acha que a situação reflete uma imaturidade nessa área dos transtornos bipolares em crianças. Segundo ele, ainda não há meios de se fazer um diagnóstico com acurácia em crianças pequenas, do ponto de vista do desenvolvimento. Diz também que a maioria das pesquisas mostra que crianças qualificadas para o diagnóstico não apresentariam os sintomas clássicos do transtorno como o estado de mania, ao contrário, tornar-se-iam crianças deprimidas.
Dr. Mani Pavuluri, diretor do programa de transtornos do humor da Universidade de Illinois, Chicago, fala que o “rótulo” do Transtorno do Humor Bipolar geralmente é melhor do que qualquer outro diagnóstico que normalmente é feito, para crianças difíceis, ou seja, para aquelas que apresentam ódio, raiva extrema e incontinência afetiva e do humor, emoções insuportáveis para essas crianças, e que era bom que finalmente esses sintomas estavam sendo reconhecidos como parte de uma doença única.
Pesquisadores de Nova York, Maryland e Madri analisaram dados de pesquisa do Centro Nacional para estudos epidemiológicos em Saúde com foco em médicos particulares e estimaram um aumento do diagnóstico de Transtorno Bipolar do Humor da ordem de 780 mil, no mesmo período de 1994 a 2003.
Dr. Mark Olfson, pesquisador em Saúde Mental da Universidade de Columbia há anos e chefe da atual pesquisa, revelou que foi o aumento mais surpreendente em pesquisa, em período curto de tempo. Ele diz que tal resultado fez o Transtorno do Humor Bipolar mais comum entre crianças do que a depressão. O estudo achou que psiquiatras fizeram quase 90% dos diagnósticos e que 2/3 das crianças eram meninos. Cerca de metade dos pacientes apresentava outras dificuldades mentais, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O tratamento quase sempre incluía medicamentos. Metade deles receberam drogas como a risperidona ou a quetiapina, ambos aprovados para o tratamento da esquizofrenia. E que 1/3 recebeu o estabilizador de humor chamado Depakote. E que psicoestimulantes e antidepressivos também eram usados. A maioria das crianças recebiam combinação de duas ou mais drogas e que cerca de quatro em dez crianças recebiam psicoterapia. O estudo achou que a metodologia usou recursos similares ao do tratamento do Transtorno Bipolar do Humor em adultos.
Especialistas disseram que o aumento dos diagnósticos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes reflete vários fatores. Estudos recentes sugerem que sintomas bipolares de fato aparecem mais precocemente na vida de adolescentes e crianças pequenas que desenvolvem os sintomas plenos da doença em idades mais tardias. E que o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência dão aos psiquiatras e aos familiares desesperados um tratamento para as chamadas “tempestades afetivas”, verdadeiras “crises de fúria”.
Os psiquiatras têm sido encorajados a pensar e pesquisar o Transtorno do Humor Bipolar e várias drogas já estão aprovadas no tratamento em adultos. A risperidona foi aprovada pelo FDA para o tratamento do Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência em agosto de 2007.
Não só o Transtorno do Humor Bipolar, mas também o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e outros transtornos geram controvérsias, com admiradores e opositores. É o caso da Dra. Gabrielle Carlson, da Universidade Stony Brook em Long Island. Ela diz que todos estão “inundados” com divulgações maciças de Laboratórios de remédios dizendo que os médicos não estão diagnosticando o Transtorno Bipolar do Humor e outras coisas.
Alguns pais de crianças diagnosticadas como portadoras de Transtorno do Humor Bipolar dizem que o “rótulo” levou a tratamentos efetivos, com o tempo. “Foi uma benção para nós” pois meu filho de 15 anos tendia a explosões de raiva até tomar lítio e risperidona por muito tempo. Agora ele toma só o lítio e é um ótimo estudante. Evidentemente, outras declarações não foram tão otimistas assim.
Fato é que ainda temos muito caminho pela frente no que tange ao total entendimento de um transtorno tão grave e tão sério quanto o Transtorno Bipolar do Humor, tanto em crianças, adolescentes e adultos.